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A singularidade!

Em resumo, a Singularidade Tecnológica é a denominação dada a um evento histórico previsto para o futuro, no qual a humanidade atravessará um estágio de colossal avanço tecnológico em um curtíssimo espaço de tempo.

Baseando-se em avanços nas áreas da informática, inteligência artificial, medicina, astronomia, nanotecnologia, genética e biotecnologia, muitos estudiosos acreditam que nas próximas décadas a humanidade irá atravessar a singularidade tecnológica e é impossível prever o que acontecerá depois deste período.

A aceleração do progresso científico e tecnológico tornou-se, nos últimos 300 anos, a característica mais marcante da história da humanidade. Desde o surgimento da ciência com Galileu Galilei, Isaac Newton e Leibniz profundas mudanças políticas e econômicas ocorreram em todos os países. Tais mudanças se fazem mais notáveis nos últimos 30 anos com a explosão da era digital e do capitalismo financeiro.

Ainda não existe consenso sobre quais seriam os agentes responsáveis pela singularidade tecnológica, alguns acreditam que ela decorrerá naturalmente, como conseqüência dos acelerados avanços científicos. Outros acreditam que o surgimento iminente de supercomputadores dotados da chamada superinteligência será a base de tais avanços – argumenta-se em favor disso que somente com uma inteligência superior a humana poderíamos ter avanços científicos e tecnológicos tão rápidos e importantes. Há também quem acredite na integração homem-computador para o surgimento da superinteligência, mas a tecnologia necessária para tal pode estar mais distante de ser alcançada do que a inteligência artificial.

Vários cientistas, entre eles Vernor Vinge e Raymond Kurzweil, e também alguns filósofos afirmam que a singularidade tecnológica é um evento histórico de importância semelhante ao aparecimento da inteligência humana na Terra. Outros, mais levianos, afirmam que a singularidade tecnológica é para o século XXI o que a revolução industrial foi para o século XVIII ou simplesmente que a singularidade tecnológica é na verdade a quarta revolução industrial.

Gráfico logarítmico contendo quinze listas de mudanças paradigmáticas para eventos-chave na história da humanidade, que mostra uma tendência de natureza exponencial. Listas preparadas por Carl Sagan, Paul D. Boyer, Enciclopédia Britânica, Museu Americano de História Natural e Universidade do Arizona, dentre outros, e compiladas por Ray Kurzweil

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Singularidade_tecnol%C3%B3gica

Vernor Vinge, ex-professor de matemática da Universidade Estadual de San Diego, propõe que a humanidade está se dirigindo para um destino irrevogável no qual nós evoluiremos além da nossa compreensão através do uso da tecnologia.

Ele propõe, ainda, uma interessante e assustadora previsão em seu artigo intitulado “The Coming Technological Singularity: How to Survive in the Post-Human Era” (“A Singularidade Tecnológica Vindoura: Como Sobreviver na Era Pós-Humana”), onde afirma que a humanidade vai desenvolver uma inteligência sobre-humana antes de 2030.

O texto especifica quatro maneiras em que isso pode acontecer: – Cientistas poderiam desenvolver avanços em inteligência artificial (AI); – Redes de computadores se tornariam, de algum modo, autoconscientes; -Interfaces cérebro-computador ficariam tão avançadas que os humanos essencialmente evoluiriam para uma nova espécie; – Avanços na ciência biológica permitiram aos humanos a construir a inteligência fisicamente.

Dessas quatro possibilidades, as primeiras três poderiam levar a máquinas tomando o poder. Embora Vinge discorra sobre todas as possibilidades em seu artigo, ele passa a maior parte do tempo discutindo a primeira.

A tecnologia de computadores avança a uma taxa mais rápida do que muitas outras tecnologias, Os computadores tendem a dobrar seu poder de processamento a cada dois anos ou mais. Essa tendência está relacionado à Lei de Moore, que diz que os transistores dobram em poder a cada 18 meses. Vinge diz que a essa taxa, é apenas uma questão de tempo antes que os humanos construam uma máquina que possa pensar como um humano.

Mas o hardware é apenas uma parte da equação. Antes que a inteligência artificial se torne uma realidade, alguém terá de desenvolver um software que permita à máquina analisar dados, tomar decisões e agir autonomamente. Se isso acontecer, é possível que vejamos as máquinas começarem a projetar e contruir máquinas ainda melhores. Essas novas máquinas construiriam modelos mais rápidos e poderosos.

Os avanços tecnológicos se moveriam a um ritmo vertiginoso. Máquinas saberiam como melhorar a si mesmas. Humanos se tornariam obsoletos no mundo dos computadores. Nós teríamos criado uma inteligência super-humana. Avanços viriam mais rápido do que seríamos capazes de reconhecê-los. Em outras palavras, nós alcançaríamos a singularidade.

O que aconteceria então? Vinge diz ser impossível dizer. O mundo se tornaria uma paisagem tão diferente que podemos apenas fazer a mais espantosa das suposições. Vinge admite que embora não seja frutífero sugerir cenários possíveis, fazer isso é muito engraçado. Talvez nós vivamos em um mundo onde a consciência de cada pessoa se funda com uma rede de computadores. Ou talvez as máquinas cumpram todas as tarefas para nós e nos deixem viver uma vida de luxúria. Mas e se as máquinas virem os humanos como redundantes – ou pior? Quando as máquinas atingirem o ponto em que elas possam consertar a si mesmas, elas poderiam chegar à conclusão de que os humanos são não apenas desnecessários, mas também indesejados?

Certamente esse cenário parece assustador.

Fonte: HowStuffworks

2011 05 03

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